18 de junho de 2010

Mundos e gotas


Gotas sobre o meu corpo, não são lágrimas, nem chuva, mas é água...tão pura, tão transparente.
Que vontade de permanecer ali, longe ...apartado de todos e de tudo, só, com a água.
Presa com meus sentimentos como numa caverna; todavia, livre, onde eu poderia viver todos os meus sonhos, amores e vícios platônicos...
mas o mundo das ideias me espera, a sociedade me intimida...

Saio, a água torna-se lágrimas, não há mais sol.
Procuro , procuro e só encontro pessoas, mas e as essências?
O mito da vida foi esquecido, os sentimentos e valores permutados.
Tudo está tão sórdido, tão opaco...

Oh mundo inteligível, onde se encontram os humanos, os ditos racionais?

(Mariana Lopes)