31 de outubro de 2010

Pena, pluma, leve

Aquilo estava em mim.
Não, não podia!
Incomodava-me.
Até que era um tanto quanto atraente.
Mas Não!
Incomodava-me!
Tentava esvair-me disso,
Como se minhas mãos coubessem nos minuciosos espaços de minhas veias cerebrais.
Ocupei-me com músicas . Nada adiantou!
Procurei os livros, fórmulas, nomes científicos! Nada, nada!
Diverti-me com Quizes. Fui Alice, Princesa, Coruja , Afrodite (confirmando meu signo),Greta Garbo, Jadfs.
Por fim, fui eu...E Nada adiantou. Nada!
Continuava incomodando.
Não queria Sol. Não queria chuva .
Deitei. Circulei pelo mundo dos sonhos, da imaginação, do inconsciente, das flores astrais .
Meus passos eram rápidos , acelerados. Não queria nem podia encontrar ninguém por lá.
Há coisas que só cabem a mim. Só!
As cortinas foram fechadas.
Meus olhos abriram, delicadamente.
Lavei meu rosto.
Gotas, gotas , gotas
Ah, estava mais leve!
Pena, pluma, leve
Olhei o céu. Azul. O Sol fazia-se radiante.
Agradou-me.
(Mariana Lopes)

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