3 de abril de 2011

Cadê o brilho?

Deparar-se com olhos opacos é o sinônimo da saudade que ronda uma alma solitária. É despossuir-se daquele brilho resplandescente e daquela calmaria estampada em seu coração quando o faz de conta que te amo, ainda, era uma convicção indubitável.
Saudade é arrumar a mesa para o café e imaginar-se colocando duas xícaras sobre esta e servindo,esmeradamente, aquele pedaço de bolo quente do forno feito para ele. Saudade é ver as lágrimas hibridar-se às gotas de chuva daquele domingo nublado. Saudade é sentir o abraço apertado e caloroso daquele dia frio por meio da sombra esvaída.
Os dias passam, o amor deposita-se sobre você mesma, as carícias guardam-se a sonhos e esperanças, o chá torna-se o seu calorífero. Os dias passam e você percebe que a sua ausência não doeu no eu dele. Como tal, você também percebe que chegou a hora de, finalmente, sorrir para o espelho.
(Mariana Lopes)





'Nunca mais se viram... e ela nunca mais foi a mesma' .

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